O
diálogo entre Deus e o seu povo, desenvolvido na Liturgia da Palavra da Missa,
alcança o ápice na proclamação do Evangelho.
Ou
seja, do mesmo modo que os mistérios de Cristo iluminam toda a revelação
bíblica, assim, na Liturgia da Palavra, o
Evangelho constitui a luz para compreender o sentido dos textos bíblicos que o
precedem, tanto do Antigo como do Novo Testamento.
Por
isso, a própria liturgia distingue o Evangelho das outras leituras,
circundando-o de honra e veneração especiais
Portanto na Missa não lemos
o Evangelho para saber o que aconteceu, mas ouvimos o Evangelho para tomar
consciência do que fez e disse Jesus outrora; e aquela Palavra é viva, a Palavra
de Jesus que está no Evangelho é viva e chega ao coração. Por isso, ouvir o
Evangelho é muito importante, com o coração aberto, porque é Palavra viva.
Santo Agostinho escreve que a boca de Cristo é o Evangelho. Ele reina no céu,
mas não cessa de falar na terra “Se é verdade que na liturgia Cristo ainda
anuncia o Evangelho, consequentemente participando na Missa devemos dar-lhe uma
resposta. Nós ouvimos o Evangelho e devemos dar uma resposta na nossa vida.
A
homilia proferida pelo Padre não é um discurso de circunstância — nem sequer
uma catequese, como esta que agora faço — nem uma conferência, nem sequer uma
lição; a homilia é outra coisa. O que é
a homilia? É um retomar este
diálogo que já está estabelecido entre o Senhor e o seu povo para que seja
posta em prática na vida.
Na
Liturgia da Palavra, mediante o Evangelho e a homilia, Deus dialoga com o seu
povo, que o ouve com atenção e veneração e, ao mesmo tempo, reconhece-o
presente e ativo.
FRANCISCO, PAPA. AUDIÊNCIA GERAL - Sala Paulo VI.
Disponível em://w2.vatican.va/content/francesco/pt/audiences/2018/documents/papa-francesco_20180207_udienza-generale.html.
Acesso em: 23 mai.2018
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